Ildo Silva e Fernando Szegeri
Toda essa gente espalhada na Cidade
Ouve o chamado dedilhado no bordão
Desperta do torpor da sobriedade
por um canto de verdade a ecoar no coração
Se ajunta numa imensa fantasia
tecida de melodias, costurada num refrão:
Eu quero mesmo me perder nesse meu canto
onde a dor pra longe espanto
e jamais me sinto só
Se quer receita para ter felicidade
E afogar toda saudade
Não tem nada como o Ó
E então de terno chegam arlequins
Pierrôs de calça jeans
Colombinas de além-mar
Em braços no papel de serpentinas
Desastradas bailarinas
Se desmancham a sambar
Boêmios conduzindo o estandarte
Se entregam à sua arte
De beber e conversar
Choro rasgado rompe o peito dessa gente
Inimigos do batente rebatendo todo mal
Ouço um pau d'água cochichando meio atônito
Em tom afromacarrônico em louvor ao Carnaval
Se quer receita para ter felicidade
E afogar toda saudade
Como o Ó não tem igual
Ó, querido Fê... eu gostei bastante da marchinha do Ó, felicitações a tu e a Ildo... ficou do Ó ! lelinha
ResponderExcluirLelita amada, obrigado! Apenas por amor à precisão, na verdade trata-se de uma marcha-rancho. Que, inclusive, deve mudar de nome para "Rancho do Ó". Beijo
ResponderExcluir