terça-feira, 22 de novembro de 2005

95 anos da eclosão da Revolta da Chibata!



Salve João Cândido! Salve o Almirante Negro!


O Mestre-Sala Dos Mares

(João Bosco e Aldir Blanc)

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o navegante negro
tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas,
jovens polacas e por batalhões de mulatas

Rubras cascatas
Jorravam das costas dos santos
entre cantos e chibatas
Inundando o coração
do pessoal do porão
que a exemplo do feiticeiro gritava então:
Glória aos piratas
Às mulatas
Às sereias
Glória à farofa
À cachaça
Às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
que através da nossa história
não esquecemos jamais
Salve o Almirante Negro!
Que tem por monumento
as pedras pisadas do cais
(mas salve)
Salve o Almirarante Negro!
que tem por monumento
as pedras pisadas do cais
(mas faz muito tempo...)

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

Bíblico III

"Quando eras jovem, tu mesmo amarravas teu cinto e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, um outro te porá o cinto e te levará para onde não queres ir." (Jo 21, 18)

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

Samba de Eleguá

(Nei Lopes)

Samba é de Eleguá
Como a régua é de medir e de traçar
Como a trégua é o momento de parar
E a mágoa é pra calar
Samba é de Eleguá
Como a água é de beber e de lavar
Como a lígua é de comer e de falar
Como a légua é caminhar

Eleguá é viajeiro
Mensageiro de Iorubá
Como o samba é timoneiro
Do pandeiro e do ganzá
Eleguá é meu tambor
Como o samba também é
Ele á guarda do meu corpo
Meu caminho e minha fé

Caminha, meu samba, anda
Pela régua de Eleguá
Coloca a moçada louca
Pela boca de Eleguá

Axé Balogum Metá!
Odé Inlê Abatá!
Obá Xangô airá!
Ologum Edé Babá!
Iá Mi Oxum Iê Pandá!
Iá Messã Oiá!
Axé Iabá Iemanjá!
Atotô Ajé Xalungá!
Ibêji Mi Mojubá!
Odudua! Obatalá!
Mojubá Babá Ifá!
Iboru Boye Alafiá!