quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ao Poeta, com uma Flor


Respeito, Poeta
no que traz
E derrama na face
e na fala
Fêmea do poder coator
A veneração
pela palavra

Sei-o não adorador
do Artifício
escultor do que vem só
Depois

Sei-o não submisso
aos poderes acolá
Renunciada geração
da dor Toda
- e derrota
Transferida

Sei-o, Poeta
Amante
Na inspiração devota
De um hálito aquele vital
Que de beber Ela nos dá ao
Somente

Sei-o que depôs
seivas
Faz-se
Existência de antes
Vença
escorrendo cevas
Se mente


[para o poeta Edson Coelho de Oliveira]


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