É preciso, meus amigos, é mesmo preciso que alguém diga alguma coisa.
Que alguém ache as palavras onde elas não cabem, ou são desnecessárias. Para que se registre, para que se saiba, hoje e nalgum dia.
E assim, mesmo sabedor de não poder escapar de boas doses de cabotinismo, vou ainda arriscar-me duplamente, a fim de ajudar a recordação insubstituível e em vão brigar contra a fugacidade da emoção que nos tomou durante a festa de comemoração pelos cinco anos – e também, principalmente, de salvação - do Ó do Borogodó. Em primeiro, por me arvorar em falador do sentimento alheio - ainda que no caso não seja assim TÃO alheio: de minha amada Stefânia e do intrépido Capitão Léo, comandantes, ambos, dessa nau portentosa que é o Ó. Em segundo, pela possibilidade da memória me trair, agradecendo nominalmente de público, no melhor estilo Oscar, às pessoas que tornaram possível um evento com tanta energia, tanto brilho, em que mesmo os pequenos problemas puderam passar quase despercebidos. Não para nós, claro, que prometemos todo o empenho para que na próxima seja ainda melhor.
Quero antes, porém, dizer a quem não esteve na quadra da G.R.S.C.E.S Pérola Negra, que o tradicional reduto negro e boêmio da Paulicéia poucas vezes viu tanto talento e beleza reunidos durante dez horas seguidas de música ao vivo. Um axé impressionante, mostra da força da boa música brasileira que, em grande parte graças a muitas daquelas pessoas que trouxeram seu trabalho e sua arte para a roda na Pérola domingo, vive um momento ímpar de reconhecimento e carinho do público. Mas foi mostra também do trabalho incansável dos profissionais que ao longo desses cinco anos de trabalho duro, sério, profissional, dedicado e generoso, construíram essa potência chamada Ó do Borogodó: do Léo, que um dia chegou no Bar do Cidão dizendo que tinha comprado um butiquim, e da Stefânia que com ele encarou essa briga de cachorro grande, até o garçom que trabalhou ali um único dia, passando por músicos e funcionários, todos hoje merecem os cumprimentos por sua contribuição a esse espaço ao qual a cidade de São Paulo hoje tanto deve.
Muito obrigado a cada um pelo comparecimento, elogios, críticas e incentivos; a vocês que trouxeram seu coração, seus ouvidos, sua solidariedade para engrandecer a festa. Muito especialmente:
São Pedro, meu parceiro de muitos e muitos eventos, graças ao seu Chefe! Continuo contando contigo, Pedrão!
Pasquale, amigo de todas as horas, pela intercessão e pelo apoio.
Presidente Edilson "Nego", extensivo a toda a Pérola Negra, sua diretoria, seus associados e toda a comunidade madalenense.
Daniel, timoneiro da Nau, incansável, fiel, competente, profissa pacas.
Bareta, pela idéia da festa, pelo visual da divulgação; Edu Batata, pela idéia do local!
Às parceiraças de sempre Robertinha Valente, pela costumeira dedicação de corpo e alma, e Railídia, pela assessoria de imprensa competente e carinhosa demais.
Thomas, pela cessão graciosa, em todos os sentidos, do equipamento de som.
Ildo Silva, João Poleto, Alexandre Ribeiro, Ricardinho Valverde, André Hosoi, Paulinho Ramos, Zé Barbeiro, Alessandro Penezzi, Dona Inah, Kiko Dinucci, Dulce, Railídia, Alex, Júlio, Edu Batata, Cacá Sorriso, Paulinho Timor, Dil Bandeco, Marcelo Justo, Mineiro, Cebolinha, Roberta Valente, Lula Gama, Verônica Ferriani, Juliana Amaral, Thomas, Renato Anesi, João Borba, Bareta, Diogo, Guilherminho, Márcio Arruda, Denilson, Luizinho 7 Cordas, Júlio Valverde: músicos que fazem do Ó do Borogodó o mais importante bar de música brasileira da cidade de São Paul, modéstia às favas!
João Macacão, Fabiana Cozza, Vítor Lopes, Gabriel Grossi, Douglas Alonso, Giana, Ione Papas, Bia Góes, Henrique do Bandolin, Rodrigo y Castro pelas canjas mais que especiais.
Kika Hein, Paulinha Sanches, Português e todos os músicos que estiveram marcando presença e pelas minhas confusões (des)organizativas acabaram não dando a sua canja.
Meus manos Edu Goldenberg e Dani, os primeiros a comprar seus ingressos, a garantir suas presenças que se efetivaram, mesmo que a distância diga não.
Robson, que emprestou braços, boca e (sobretudo) coração e Ivan que deu, literalmente, o sangue.
Zé Francisco, Seu Antônio (Velho) e Cleodon (Zezinho), profissionais competentes demais, braços incansáveis que são o verdadeiro coração donde emana o sangue bom e forte que irriga toda a máquina do Ó.
Zé Szegeri, Renatinha e Graziela, tranqüilidade, dedicação e rigor na retaguarda "administrativa".
Mazinho Guerreiro e seus teclados e seus cabos e seus fios e seus microfones e suas caixas... Incansável (não é mole não...)
Ivone e Fátima, garantindo a limpeza, dedicadas e graciosas demais.
Xuxa, extensivo à turma da segurança e portaria, pelo bom senso combinado com humildade, pela educação aliada à firmeza, pelo sorriso complementando os músculos!
Darkon, cliente que todo bar gostaria de ter, porque sem você, nada teria valido.
Janis e Dani, porque vocês fazem parte disto tudo e porque foi bom demais ter o vosso carinho e os vossos sorrisos tão lindos, tão felizes, ali sempre ao nosso lado.
E saibam todos vocês, enfim: deu!!! Segue a barca do Ó, feita daquela madeira que tanto conhecemos e que cupim nenhum vai se meter a roer. Enquanto houver samba...
Beijo enorme,
Fê
Fer, seu texto é todo coração e lindo, como tudo que vc faz. Concordo com tudo que vc escreveu, todos os elogios, todos os agradecimentos. Essa festa foi uma das mais bonitas demonstrações de amor, competência e talento que já vi. Nada mais merecido. O Ó do Borogodó tornou-se, nos últimos anos, a minha casa, e brigarei por ele sempre que necessário. O Léo e a Ste são muito competentes, generosos e bem-intencionados. Fazem das tripas coração pra manter aquele bar com o astral maravilhoso e o alto nível que conhecemos. Estarei do lado deles sempre, nas horas boas e nas ruins também. E pro sucesso ser total, tinha que ter toda a sua organização, toda a sua dedicação, competência e amor, que também ñ foram poucos.
ResponderExcluirPARABÉNS PRA VOCÊ!!!!
ps. A Kika não tocou não foi por falta de convite. Nós a convidamos pra tocar várias vezes.
Um beijo enorme