quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Torneirinhas


O que me anima a continuar por aí dizendo minhas bobagens, escorado nos balcões da existência, é que mesmo os bons vez por outra deixam os pudores de lado e abrem suas “torneirinhas de asneiras”, como o bom Visconde de Sabugosa se referia às pérolas vindas da cabecinha cheia de macela da Emília. Só assusta um tantinho, vez por outra, quando ameaçam levar as patacoadas a sério.

Vejam o que soltou o nosso estimado Luiz Fernando Veríssimo, com seu invejável talento para manejar a pena (e não é boato da Internet...), no Estadão de hoje. Pois ele também tem direito. Não tem problema nenhum. Desde que não se leve a sério.

2 comentários:

  1. Até cheguei a pensar que ele estava sendo irônico. Depois vi que afirmou mesmo aquilo tudo... Você disse bem, é preciso não levar a sério e desfrutar o que há de bom, como em Nelson Rodrigues e seu conservadorismo provinciano. Mas tenho sentido um medo imenso de um certo conservadorismo que tem aflorado na pena de comentariatas mais medíocres, porém com muito espaço na mídia... Parece que virou moda, ou charmoso, ser convervador e reacionário.

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  2. Pois é, meu caro. Há, claro, os que são pagos para fazer o papelzinho, o que é desprezível sob todos os ângulos, mas faz menos mal. Porque um mainardi da vida provoca só risada. O pior são esses que têm o seu valor, a sua importância, mas resolvem meter o bedelho em seara que desconhecem. Os jornalistas "respeitáveis", os artistas consagrados etc. põem-se a falar sobre o que não conhecem, invocando uma ciência e uma autoridade que só têm em suas áreas próprias. Tá cheio de gênio da física que tem dificuldade de admitir sua mediocridade política. E assim vamos.

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