segunda-feira, 12 de março de 2007

Está faltando uma coisa em mim


Pedindo perdão pela pela omissão um tanto forçada, peguei o avião, correndo com razão deste frio (não há 30 graus que dêem jeito...), antes que um aventureiro lançasse mão. Procurando uma notícia boa pra trazer de volta.

E a notícia que vieram me trazer, os meus olhos não faltam dizer, guardei até onde eu pude guardar: o Rio de Janeiro, Fevereiro e Março, continua lindo... Por que será, então, que eu andei tão triste por te adorar?

Meu mano Edu? Continua sendo o maior sujeito que eu conheci, e fazendo das suas. Me explica, mano amado, o que de amor se perdeu neste Rio? Ipanema não é mais só felicidade, mas isso nossas garotas já sabiam.

Alô, torcida do Flamengo! O que é uma derrotazinha? Quarta-feira veio, tudo está no seu lugar, graças a Deus!

O Redentor segue de braços abertos, mas... e Aquele Abraço? Num canto da Mem de Sá, numa esquina qualquer, ou num bloco na Gomes Freire...

Se os meninos do Colégio Militar desfilam seus uniformes cáqui-grenás pelas tardes calorentas de amendoeiras, e não faltam as balizas do CEFET, que a Tijuca tá viva ainda lá, por que é que a vida insiste em se mostrar mais distraída dentro de um bar?... É trote, isso tudo não passa de um erro!

Ora, o Adonis continua sendo o melhor chope do mundo - o costume é a força que fala mais alto do que a natureza; e o Costa segue servindo seu bolinho de vagem. Eu quero esclarecer esse mal entendido...

Ah, as casas de Vila Isabel... Simples, com portas abertas, flores baldias e cadeiras na calçada, que São Sebastião ainda pode se salvar. Eu cheguei e escutei a vizinha falar.

Do Lamas ao Capela - que onde tem cabrito eu vou! - quando o comes-e-bebes começou, no melhor da cabritada...

Senti que o meu coração quis parar.

Num canto da Mem de Sá. Numa esquina qualquer, meu mano, ou num bloco na Gomes Freire: não apareceu!

Bateu asas. Foi-se embora.

Fechou, para todo o sempre, aquela sinuca da Rua do Riachuelo.

Vou caminhar por aí, a cantar. Tentando espantar a tristeza por onde eu passar.

2 comentários:

  1. Mano querido: você não tem autorização para repetir o meu bordão dirigido a você, o maior ser humano que já conheci em 37 anos e pouco mais de 10 meses. Feito o intróito, vou ousadamente tentar respondê-lo (e eu digo ousadamente porque nossos diálogos são como a porrada imaginária entre o elefante e a formiga, sendo você o mastodonte e eu, o inseto, permanentemente pisoteado, acachapado, destruído e finalmente humilhado diante do seu saber).

    Sou um incorrigível. Para uns, um cego, que não quer ver as coisas. Mas não creio que o que de amor se perdeu, se perdeu aqui no Rio. Perdeu-no no mundo, no planeta todo.

    No Rio, o amor que se perdeu se regenera, mano.

    Nas ruas do Rio, nos espaço anti-shopping da cidade, no velho Centro, na Tijuca, no subúrbio, está o axé do carioca.

    Você faz parte dele.

    Texto perfeito, querido.

    É você, nos melhores dias, como se isso fosse possível.

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  2. Onde estará o Seu Ribas, depois de fechada a sinuca da rua do Riachuelo... Se não me falha a memória, Palácio dos Arcos.
    Faz falta.

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