Sivuca e Paulinho Tapajós
Era uma vez um tempo de pardais
De verde nos quintais
Faz muito tempo atrás
Quando ainda havia fadas...
No bonde havia um anjo pra guiar
Outro pra dar lugar
Pra quem chegar sentar
De duvidar, de admirar...
Havia frutos num pomar qualquer
De se tirar do pé
No tempo em que os casais
Podiam mais namorar
Nos lampiões de gás
Sem os ladrões atrás
Tempo em que o medo se chamou jamais!
Veio um marquês de uma terra já perdida
E era uma vez se fez dono da vida
Mandou buscar cem dúzias de avenidas
Pra expulsar de vez as margaridas
Por não ter filhos (talvez por nem gostar...)
Ou talvez por mania de mandar!
Só sei que enquanto houver os corações
Nem mesmo mil ladrões
Podem roubar canções
E deixa estar que há de voltar
O tempo dos pardais
De verde nos quintais
Tempo em que o medo se chamou jamais...
Em tributo ao maestro paraibano Severino Dias
de Oliveira, o imortal Sivuca, perda irreparável
para a música brasileira
Meu irmão! Puta achado, isso! Revirei a discoteca (tem cdteca?) atrás da gravação da Simone Guimarães pra ouvir de novo! Gênio, você, como sempre. Beijo.
ResponderExcluircantada por elizeth Cardozo é de fuder...
ResponderExcluirIrmão querido, é ou não é a nossa música??? "Nem mesmo mil ladrões podem roubar canções..." É uma das minhas tábuas de salvação desde os oito anos de idade, quando a ouvi pela primeira vez, na gravação inesquecível da Divina, que o leitor anônimo acima mencionou.
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