quinta-feira, 29 de junho de 2006

Brigas nunca mais


Olha, tenho me segurado até hoje. Mas para bom estabelecimento da verdade (a verdade da minha opinião, entendam bem; que, aliás, pode mudar daqui a meia hora...), para evitar as brigas nos dias de jogo e os desentendimentos matrimoniais; para que eu possa parar de manifestar meus desvairios no varejo, pelos blogues alheios a fora, e possa trabalhar e deixar os colegas de seção trabalharem; escreverei aqui e agora um único texto sobre a Seleção Brasileira desta Copa de 2006.

Sim, meus amigos, porque as brigas têm-se multiplicado e tenho sido um defensor implacável deste time. Mesmo com os riscos de, em caso de acontecer algo que permito-me não nomear, por superstição extremada, os dedos em riste voltarem-se contra mim e os "não avisei?" massacrarem-me por anos a fio. Porque torcer, enfim, é isso. É abraçar uma causa, contra tudo e todos, tomar partido num dos lados da batalha. E a batalha envolvida numa competição de futebol é muito mais que um triunfo ou fracasso esportivo. Mexe intima e diretamente no âmago da alma brasileira, naquilo que ela talvez tenha de mais frágil: no brio, no orgulho, no amor próprio, no sentimento efetivamente Nacional, aquilo que meu brilhante amigo Felipe Maia mostrou não existir, por exemplo, num país como a Espanha.

Então, tentarei ser objetivo. Em primeiro, Copa do Mundo não é o casados e solteiros dominical do Clube Alvi-Verde da Vila Romana. É uma competição magistral, dificílima, pela tradição, pelos holofotes, por tudo o que fez sua mística desde 1930 e ainda por todo o mais que envolve o mundo do futebol presentemente. A prova disso é que em dezessete edições, com dezenas de países disputantes, temos somente sete campeões. Há os aspectos técnicos, atléticos, propriamente esportivos, mas há os políticos, os históricos, os simbólicos, culturais de muitos espectros.

Segundo. Para o Brasil, tende a ser sempre mais difícil. É o maior dos campeões, indiscutivelmente. É o país de Pelé, pra começar. Depois, é o de Leônidas, de Zizinho, de Garrincha, de Rivelino, de Zico, de Romário, de Ronaldo e de Ronaldinho, pra não ir muito longe. Há sempre uma expectativa internacional e interna enormes, uma cobrança muito grande daí decorrente. Bem, até agora sem novidade.

Terceiro. Há, presentemente, essa transformação de tudo em show business, glamour, badalação etc., que envolve tudo e todos que têm vida pública de alguma maneira, e não seria diferente para os jogadores de futebol. Há o dinheiro milionário que ganham, há o fato de jogarem muito longe dos torcedores nacionais, tornando-os tão desconhecidos, tão distantes como Brad Pitt ou Bento XVI. Eu que moro em São Paulo, vi o Zico no campo dezenas de vezes, muito menos que meu pai viu Pelé. Mas minha filha não vai ver o Robinho nem o Ronaldinho Gaúcho. Isso tudo tende a criar uma distância da Seleção com o povo. Nada disso é culpa do Ronaldo, do Roberto Carlos, do Dida ou dos outros todos (talvez com duas ou três exceções) que são pessoas nascidas nas classes mais pobres da população e que ascenderam pelo talento, pela arte de bem jogar. A culpa é do sistema.

Quarto. Esse distanciamento só pode ser quebrado com uma figura altamente carismática que, por cima do quadro objetivamente adverso, consiga reeditar subjetivamente uma identificação da nação com o escrete. Tivemos isso em 2002 com Luís Felipe Scolari. Não temos agora. Não temos jogadores carismáticos, pelo contrário, no máximo um ou outro chega a ser simpático, como Cafu e Ronaldinho. Parreira é o anti-carismático por definição e Zagallo está velho demais pra pesar na balança. Então, aquela sensação de faltar alguma coisa, de faltar garra, empolgação, amor pela camisa, ou qualquer coisa que o valha é uma soma dos fatores objetivos que apontei acima com essa falta generalizada de carisma.

Quinto. Porque, na minha opinião, não tem faltado garra e nem vontade de ganhar. Olhe no rosto do Ronaldo e veja se falta dedicação. Ou do Ronaldinho, visivelmente insatisfeito com suas atuações, mas em nenhum momento fugindo do jogo ou se escondendo ou negando fogo. Não vi uma pipocada até agora. Não vi um deboche. Sinceramente, de todo meu coração, vejo garotos de 20 ou 30 anos, que tem tudo na vida, muito dinheiro, as mulheres mais belas, badalação, segurança (moram na Europa, não na Barra da Tijuca), prestígio etc. etc. Que tem como ÚNICA motivação de jogar, de dar suas pernas valiosas a quebrar, a mística das Copas e da camisa amarela, o simbolismo, o peso histórico. Isso para pessoas que, repito, não tiveram acesso privilegiado a uma formação cultural mais completa. Eles estão lá, entram em campo, jogam, suam, enfrentam as críticas, as vaias, o jornalista dizendo que estão comendo as mulheres deles, os zagueiros maldosos, as entradas cavalares. E têm ganhado todas até aqui.

Sexto. O time pode jogar melhor? Pode, claro. Mas de quem é a culpa por não o estarem fazendo até agora? É do técnico? É deles? Difícil dizer. Não há possibilidade de treinar, a competição é curta. TODAS as seleções são formadas na última hora e acabam prevalecendo mais os talentos individuais mesmo. Um time como a Argentina tem a seu favor o fato de, se não me engano, onze dos 23 convocados jogarem juntos desde as seleções de base, em 1995. Talvez isso explique um futebol mais "associado", pra usar um termo fora de moda. Há problemas de posicionamento no time brasileiro. Na defesa, clássico, tem sido superado com atuações individualmente brilhantes de Juan (o melhor da Copa, para mim, até agora) e Lúcio e com Emerson encontrando um meio mais eficaz de fazer as coberturas. Mas ainda dá sustos, mesmo assim, e não permite que os laterais possam jogar o que sabem e o que podem colaborar na frente, notadamente Roberto Carlos. Na frente, o que todos pediam insitentemente era a entrada de Juninho no meio pra liberar Ronaldinho pra jogar mais à frente. No último jogo (Gana) aconteceu isso, Juninho jogou mal e Ronaldinho não avançou. É certo que as coisas funcionaram melhor contra o Japão, mas acima de comparações técnicas de adversários, ali não havia a responsabilidade de um mata-mata. O que pode fazer o Parreira, meu Deus, senão experimentar, trocar, avaliar no decorrer da competição e dos jogos? Qual a conclusão? É que, objetivamente, a despeito dos posicionamentos problemáticos da defesa, temos tomado poucos gols e jogado bem, inclusive o gelado e eficientíssimo Dida. E no ataque, temos feito os gols e ganho as partidas, apesar de sabermos que poderíamos ser mais eficientes. E que ainda não conseguimos jogar um jogo pra valer com a formação que se mostrou mais eficiente até aqui, com Zé Roberto e Emerson mantidos no meio, sim senhor, e Robinho na frente ao lado do bravo, eficiente, competente e goleador Ronaldo.

Sétimo. O Brasil foi a única seleção que sobrou nas oitavas. Ao contrário do que alguns dizem, não tomou sufoco, não senhores. Recuou demasiadamente após o primeiro gol, o que provocou desespero num Parreira consciente e determinado a tirar o time da retranca em que se colocou naturalmente. Meus amigos, ganhamos por 3 x 0! Perigo, mesmo, lembro de um chute de Gana e a cabeçada que o Dida tirou por milagre, no reflexo, com o pé. Então, matematicamente, pode ter havido um domínio territorial maior de Gana em metade do primeiro tempo e em uns 15 minutos do segundo, não mais que isso.

Oitavo. O que quereis mais, detratores do futebol brasileiro? O Brasil ganhou no tempo normal TODAS as quatro partidas até aqui, igualado apenas pela anfitriã Alemanha e pela brava seleção portuguesa. Quereis goleadas? As tivestes, duas. Quereis golaços? Tivemos dois do Ronaldo, pelo menos, e um do Kaká, contra a Croácia. Quereis lançamentos magistrais? Kaká os tem dado. Ou não? Insisto: OU NÃO? Quereis garra? Tem havido, ainda que acho que pode haver ainda mais. Quereis que Ronaldinho jogue tudo o que sabe? Também quero. O QUE MAIS? Tem havido alguma dessas coisas nos outros? Sinceramente, não sei que futebol é esse que quereis. É de outra época, por certo, mas QUAL? Hoje, a competição é essa, o perfil internacional é esse, o futebol é esse. E em três últimas copas, ganhamos duas e um vice. E na atual já estamos entre os oito.O que é dar show, jogar bonito? É o que fez a seleção de 70? Então, digo para vocês, e quem me conhece sabe que é verdade, que já assisi os jogos COMPLETOS da Copa de 70 dez ou quinze vezes cada um. Enganam-se os assistidores do vídeo Caras de Todas as Copas que o time do Brasil jogava genialmente por 90 minutos a fio. Pelé errava passes, sim senhores. O posicionamento na frente do Tostão demorou a se acertar, sim senhores. A defesa era uma peneira, sim senhores, e se o time atual levasse um daqueles gols contra o Peru, por exemplo, o técnico seria crucificado em praça pública. Mas o time tinha jogadas geniais e os talentos individuais e a força física excepcional (o preparador era o Parreira, só pra lembrar...) prevaleceram sim. Deram espetáculo porque ganharam todos os jogos, porque fizeram belos gols, porque souberam superar as dificuldades de posicionamento, as limitações técnicas de algumas posições e as improvisações que tiveram que ser feitas. Ou quereis a Copa de 82? Quando o empate nos classificava e mesmo assim o time inteirinho estava lá na frente, quando um belíssimo passe de trivela do Sr. Cerezo cruzando nossa intermediária, certamente para debochar da cintura-dura dos italianos, foi encontrar um Paolo Rossi prontinho pra sacramentar o que os detratores do futebol e do povo brasileiro teimam em determinar seja a sina do Brasil: a derrota.

Mas não desta vez. O povo brasileiro vai pras ruas comemorar o HEXA. Ou chorará a derrota - que faz parte, afinal! -, enquanto os leitorezinhos da Folha de S. Paulo ou d'O Globo vão fazer as suas devidas interpretações sócio-psicológicas, entre um e outro scotch. Sou hoje um afastado do futebol, pode-se dizer, e aqui não é o lugar para discutir as razões. Mas houve época, talvez um seis ou sete anos a fio, que assistia os TREINOS do Palmeiras. TODOS OS SANTOS DOS PUTOS DIAS. Talvez por ter sido boleiro a vida inteira e grosso, e brigador, e aguerrido; talvez por ter sofrido demais pelo meu time e vibrado demais nas vitórias; talvez por ter pegado sol, chuva e tomado borrachada da polícia montada; talvez por isso tudo, futebol para mim seja batalha, seja épico, seja transcendente; talvez por ter visto demais a beleza de zicos e maradonas jogando, ao vivo, ou pelés e ademires-da-guia, pelo vídeo; talvez por ter visto demais a feiura técnica e a paixão desmedida dos Desafios ao Galo, torneio varzeano famoso dos anos 70/80. Talvez por tudo isso. Ou talvez por verdadeiramente desconhecidas razões, eu seja acima de tudo um TORCEDOR BRASILEIRO. Que sofre nas derrotas e comemora as vitórias. Só. Que se apega ao que vê, com o coração, mas cuidadosamente. Sóbrio. E que deixa as teorias para depois.

Chega de briga. Quem discordar, que argumente.


21 comentários:

  1. No ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 2005 temos:

    Austrália em terceiro lugar
    Japão em décimo primeiro lugar
    Croácia em quadragésimo quinto lugar
    Brasil está na 63ª colocação

    Gana é o número 138.

    Acho que até agora só ganhamos de verdade de Gana. Da França perdemos já então antes da partida começar!

    Um abraço

    Marco Aurélio

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  2. Fernando, você falou só esta vez sobre a seleção. Mas já valeu por 10!
    Outra coisa: pra te contrariar, vou beber mais, chorar mais, e ver menos esse jogo. Contra a França "tá no papo"!
    Corroboro a opinião sobre a falta de carisma dos nossos jogadores.

    Abraço!
    Arthur (Favela)

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  3. Favela, querido,
    Não tenho nada contra beber e chorar. Só não admito é um cidadão que começa a beber às 9 da manhã para assistir o jog à quatro da tarde e depois querer discutir se o Brasil jogou mal ou bem. De resto eu admito (mas desprezo, registre-se) até quem não gosta de futebol.
    Abração!

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  4. Está perfeito. Perfeito.

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  5. Meu irmão, não és meu Otto à toa. Renato Maurício Prado, Calazans, João Ubaldo (?!), Veríssimo... Não há UM único a escrever nos jornais cariocas que faça sombra a isso aí. João Saldanha assinaria embaixo, mano!

    Tô contigo!

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  6. Assim como meu irmão Edu Goldenberg, não gosto de tripudiar. Mas anoto aqui a manchete da Folha de S. Paulo de hoje: "TORCEDORES vêem Ronaldo como o melhor do Brasil". E o destaque é meu, sim senhores. No corpo da notícia: "Pelo levantamento, 27% dos 2.828 entrevistados acreditam que Ronaldo é o melhor jogador do Brasil no Mundial. [...] A preferência pelo camisa 9 despenca entre os entrevistados com ensino superior. Para eles, Ronaldo e Kaká ficam empatados, com 18% cada um. Entre os que têm apenas nível fundamental, Ronaldo é o melhor para 32%, e Kaká, para 11%." Ainda, numa outra matéria relativa ao mesmo levantamento: "Nunca o país julgou tão bem o trabalho de Carlos Alberto Parreira, que faz da seleção brasileira a favorita ao título de acordo com 83% da população. A pesquisa realizada ontem e anteontem pelo Datafolha aponta que o trabalho do treinador do Brasil é considerado bom ou ótimo por 64% do entrevistados. Mais ainda, 71% das pessoas consultadas defendem a permanência de Parreira em seu cargo após a Copa."

    Sinceramente: preciso dizer mais alguma coisa? Viva o povo brasileiro! Viva o Brasil!

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  7. "Sugere", meu cumpadre. Brilhante o texto e vc sabe o quanto eu concordo rigorosamente com tudo o que lá está escrito. Vou até um pouco mais longe: infelizmente, desconfio que muita gente considera "cult" - que nojo - ser apátrida. Sim, porque não me venham dizer que o que tem escrito o tal do Clóvis Rossi (quem deu a ele autoridade para falar em futebol, ainda que torça acertadamente pelo nosso Verdão?) na "vaidosa" Folha tem outra classificação. É coisa de quem torce contra o país, coisa, portanto, antipatriótica.
    Depois, fico eu me perguntando: Puxa, devo ser - eu, vc e o Parreira, aliás - um idiota. Vejo futebol desde que nasci, vou ao campo em tudo-quanto-é-jogo do Palmeiras, acompanho a várzea, já joguei muito casado e solteiro na Vila Caiçara e nunca, nunca, conseguiria entender tanto de tática e de tachar jogador quanto os ditos especialistas. É impressionante: o Adriano é lento, o Émerson é grosso, o Parreira é teimoso e o Ronaldo - vejam, o Ronaldo, justo ele - é gordo e seu tempo passou. Aí tem que vir o Maradona defender o Brasil: "Quero o Ronaldo gordo e bêbado, mas quero o Ronaldo". É incompreensível.
    Fernandão, meu velho, eu é que devo ser um antiqüado. Na minha época, a taça era mais importante. Se a pessoa queria ver um espetáculo, dirigia-se ao Circo Vostok e comprava uma entrada para assistir um elefante se equilibrando numa bola, ou um malabarista, ou um domador de leões. Agora, não. Querem que o Brasil dê o dito espetáculo. De certo aquele que nos rendeu uma naba em 1982. Eu não, quero o Cafu levantando o caneco. 100% Jardim Irene.
    Para terminar: acho que, às vezes, algumas opiniões dos que torcem contra a Seleça esbarram no preconceito. Preconceito com os outros países, quero dizer. Porque sequer admitem que o Brasil possa ter dificuldade para ganhar de alguém. Como ninguém mais tivesse seleção nacional e vergonha na cara pra dar o sangue e engrossar um jogo. Como fossem países de quinta categoria. Um desavisado pode achar que um Brasil X Austrália, Brasil X Gana, Brasil X Croácia é uma seleção nacional jogando contra um Mella Pé, do Tremembé, contra um Botafoguinho, do Jaçanã, ou contra um Palmeirinha, do Carandiru. Não dá nem a impressão de que são onze sujeitos que representam a honra do país deles, e que se empenham sobremaneira contra o Brasil, sobejamente reconhecido como melhor do Mundo.
    Por tudo isso, Fernandão, só discuto nessa Copa com você, com o Parreira e, óbvio, com o Galvão. Só nós apostamos - e acertamos - no Ronaldo. E viva o gordo! E viva o Brasil do HEXA! Um abraço do Fernando Borgonovi

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  8. Anônimo2/7/06 14:06

    Sze, são mercenários, filhos da puta, escrotos, sacanas. Alguns desses caras que você citou e defendeu não estavam e nem estão nem aí para a seleção. Os jornalistas (digo, os jornalistas, me referindo ao Calazans, ao Juca Kfouri, ao José Trajano e a todos os que meteram o pau no Parreira e em seus protegés o tempo todo), os jornalistas, repito, estavam cobertos de razão. Lembra do jogo do Japão, o Roberto Carlos todo esticado na grama, pose de lord, certo de que sua vaga estava garantida? Lembra da despedida do Ronaldo (Fenômeno? Então por que ele não fez no jogo inteiro o que tentou no finalzinho?), sorridente, como se tivesse mais o que fazer do que dar entrevista? Seleção de merda, amigo. Seleção sem caráter. Exceções que confirmam a regra, todos sabemos hoje: o Dida, o Lúcio, o Juan, o Zé Roberto, os reservas jogados na fogueira, Robinho e Cicinho ... e por aí vai. Só gostei dessa derrota porque esses canalhas vão perder muita grana agora em propaganda, campanhas vão gorar, o Parreira vai ser técnico na Somália (treinando as equipes inferiores) e em breve outro canalha tomará o lugar do Ricardo Teixeira. Vou ver o final dessa Copa torcendo pelos times que encarnam o que já vi de melhor no futebol, que, aliás, não venho acompanhando há duas décadas porque, tal como a política partidária, cansou minha beleza.

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  9. Anônimo2/7/06 21:15

    Fê,
    Seu texto está magnífico, só p/ variar um pouco, né?
    Ele me deu muita mas muita força para torcer ainda mais no jogo de ontem.
    Mas realmente esta copa deixou a desejar...
    Fiquei várias vezes me perguntando como eles tinham tanto tempo p/ fazer propagandas e que horas eles estavam treinando?
    De qualquer maneira valeu, tudo o que vc escreveu é muito verdade, e mostra a tua raça, a tua vontade e a tua beleza....
    Bj grande
    Kiki

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  10. Anônimo2/7/06 21:53

    Fernandão,

    Parbéns pela coragem de ter manifestado uma opinião clara, porque ultimamente nesse País ninguém emite opinião sobre porra nenhuma, fora das frases feitas, dos cliquês, dos maneirismos, dasa idiossincarias e dos "maria-vai-com-as-outras".

    Mas o fato é que Parreira é competente, mas medíocre. É competente em fazer o que se propõe a fazer, mas medíocre pela pequenez do que se propõe a fazer.

    Ganhou uma Copa, é verdade, mas isso ressalta sua competência sem apagar sua mediocridade, para quem lembra daquela Copa de 94. É sempre esse futebolzinho, esse negocinho limitado, esperando um talento individual desequilibrar.

    Os medíocres competentes são perigosíssimos. Palocci, Malan e outros que o digam. Mas NUNCA podemos confiar nos medíocres, ainda que competentes.

    Acho tolo pedir "espetáculo" somente pelo espetáculo. O que se quer é que o time jogue bem, que dê gosto de torcer, e foi o que nunca aconteceu nessa Copa.

    A única coisa boa é que, se tiverem um mínimo de bom senso, esse cidadão encerra sua carreira na seleção brasileira. Chamem o Felipão de volta, ou chamem o Luxa.

    Passa, Parreira!!!

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  11. Bom, encerrando esta fatura:

    Fernandinho: assino embaixo, sem tirar nem por.

    Marcão: obrigado pelo elogio. Respeito tua opinião. Não acho o Parreira medíocre, embora discorde de muitas de suas concepções. Ele foi digno diante da seleção, assim como foi digno em outras oportunidades, por exemplo quando aceitou treinar o Fluminense na terceira divisão. Pode ter cometido erros, mas na minha opinião erros normais de quem não foge da raia, está na fogueira e tem que decidir.

    Kiki: obrigado pelos elogios imerecidos. Se o texto ajudou alguém a torcer ainda mais pelo Brasil, então cumpriu seu objetivo.

    Zé Sérgio: não devia nem responder, porque o comentário foi escrito com o fígado. E pelos teu, não ponho a mão no fogo! Mas saiba, Dinda, que considero os teus coleguinhas que você tanto defende grandes responsáveis por todas as instabilidades que cercaram a seleção. Para vender jornal ou dar audiência, falam do chulé de um, da bolha do outro, ou da mulher do terceiro que saiu pelada na revista. Gente que não entra em campo, que não sabe o que é pressão de uma competição (a não ser a pressão que fazem em cima de jogadores e dirigentes para descolar seus ingressinhos privilegiados etcéteras conhecidos). A eles e outros tantos que o Edu sempre cita, dedicarei uma pequena homenagem brevemente neste espaço. Críticas são sempre possíveis. Mas em QUALQUER outro lugar do mundo, durante a competição, elas procuram incentivar, proteger (por que não?), dar força ao time. Se um jornalista argentino invocasse tanto a derrota como vi vários dos teus colegas, sobretudo no rádio, fazerem, seriam linchados em praça pública. Com todas as críticas, com a decepção, com a tristeza e as discordâncias, os argentinos vão para o aeroporto saudar os representantes que foram lá defender as cores da nação. Mas isso, parece que aqui ninguém sabe o que quer dizer.

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  12. Anônimo3/7/06 17:55

    Sze, meu coração me pede para calar e te mandar um abraço. É o que faço neste momento. Porém, meu fígado manda-me acrescentar que o Parreira deve explicações pelo fato de ter uma turminha imexível, uma patota patrocinada a quem protege e por ela é protegida, com o aval do Ricardo Teixeira. Roberto Carlos, por exemplo, aquele que vai perder contratos milionários, o tal que berrou tanto com o Juninho Pernambucano que fez o cara errar a porra da falta, o talzinho que vai fazer em breve o comercial das meias LUPO. Fodam-se todos esses PULHAS que, junto com euricos outros, afastaram tanta gente do futebol-marmelada. Lembra do jogo que a FIFA proibiu que a Seleção brasileira fizesse contra um combinadinho dos Emirados? Ia entrar no bolso de quem??????

    PÁRA DE DEFENDER ESSES PUTOS, Ô SZEGERI, CARALHO!!!

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  13. Dinda, sua velha a cada dia que passa mais coroca, o Szegeri, o Pompa, essa sumidade, não está defendendo PULHA nenhum, malandro. Ou você o viu eleogiando Cafu e Roberto Carlos? Viu? Não, não viu. E se viu a culpa é da tua vista cansada de guerra.

    Agora... os jornalistas, pqp... esses sim, nojentos. Pegajosos. Fofoqueiros. Alcoviteiros de quinta. Uns merdas.

    E chega, Dinda.

    Estou cidadão hoje: respeitando os idosos atendendo chamado do alto falante do metrô.

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  14. Anônimo3/7/06 20:01

    O pulha-mor é o Parreira.

    Edu, vai ver se eu estou no Jobi, porra!

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  15. Anônimo4/7/06 07:55

    Porra Xará!
    A gente te entende pois sabe o quão romântico você é...
    Beijo

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  16. Velha Coroca, é bem capaz de você estar naquela merda que é o Jobi de tão esclerosada que a senhora está.

    Agora... Szegeri... o Fefê nunca escreveu nem vírgula no Buteco.

    Fiquei triste.

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  17. Anônimo4/7/06 11:09

    Edu, foda-se o Ronaldo (Fenômeno pras raicas dele)!!!!! Sze, acho que esse comentário seu, como sempre muito bem escrito (embora discorde em parte), bateu recórdi de audiência. Tem neguinho lá na Tijuca morrendo de inveja.

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  18. Dinda, querido, terminei o texto dizendo: quem discordar, argumente. Você não argumenta, vocifera. Escrevi resposta no texto de hoje (04/07), embora possivelmente você não vá gostar muito.

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  19. Anônimo4/7/06 12:27

    Tá bão. Sorte dessa geração de jogadores sem caráter que o Saldanha não esteja mais entre nós :>)

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  20. O Saldanha estaria bastante orgulhoso também dos seus coleguinhas de imprensa. Assim como Nelson Rodrigues.

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  21. Anônimo4/7/06 20:32

    Com certeza, amigo Sze, Saldanha estaria orgulhoso dos caras que citei, sim.

    E se estivesse armado, ia botar o Parreira e meio time para correr.

    Iam pular o muro do Canecão.

    Agora fui mesmo!

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