Soube neste instante da morte aparentemente ininteligível da atriz Ariclê Perez, despencada do décimo andar do prédio onde morava em Higienópolis, aqui pertinho.
Tomado de tristeza e daquela indignação que suscitam as mortes particularmente estúpidas (como se a morte em si mesma não fosse uma enorme e necessária estupidez), registro aqui minha homenagem à bela atriz e ao ser humano especial que tive oportunidade de conhecer, quando em 1992 ela generosamente aceitou o convite de uns estudantes malucos para apresentar um ato relembrando os quinze anos de invasão truculenta da PUC-SP pelas tropas do coronel que não vou nomear, por respeito aos escassos leitores deste espaço.
Ariclê, daqui da minha insignificância, alteio a vozinha cansada pra consignar o agradecimento e o carinho que o tempo não vai apagar do meu coração.
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