Aníbal Beça*
Para fechar sem chave a minha sina
Clara inversão da jaula das palavras
As vestes da sintaxe que componho
De baixo para cima é que renovo.
Escancarando um solo transmutado
Para o sol da surpresa nas janelas
Ao mesmo pouso de ave renascida
Do fim regresso fera não domada.
Na duração que escorre nessa arena
Lambendo vem a pressa em que me aposto>
Nessa voragem, vaga um mar de calma
Que me alimenta os ossos da memória.
Sobrada sobra, cinza dos minutos,
O que sobrou de mim são essas sombras
*Aníbal Beça, poeta e compositor amazonense,
foi morar no Orun nesta terça, 25 de agosto.
Estou aqui apenas para provar ao Sr. que venho aqui TODOS (com a ênfase szegeriana) os dias em busca de novidades desde que foi feito o anúncio de que os bares morrem (como pensei ter morrido este blog) numa quarta-feira. Alvíssaras!
ResponderExcluirIdem
ResponderExcluirSalve, querido Szegeri. Belo poema do Anibal, a quem conheci em Manaus com outros poetas contemporâneos da verde capital. Tenho uma antologia dele, que mantém a consistência desse belo exemplar que você escolheu. Abraços. pt
ResponderExcluirObrigada por tudo, Fê. Fico feliz de no dia que visitei o blog ele ter sido reativado. E ainda com falas da minha amazônia querida. Viva o Amazonas! o Rio e o poeta.
ResponderExcluirQue beleza ver este canto com linhas novas.
ResponderExcluirBeijo.
Só dói, como o samba, agoniza mas não morre...
ResponderExcluirAleluia.....o Homem apareceu......
ResponderExcluirLindo poema. Também passo sempre por aqui e fiquei feliz ao ver que havia novidade no bar.
ResponderExcluirBeijos!
É a nossa dose mensal de humanidade!
ResponderExcluirOi Fê, tô te seguindo. Não vá me pregar uma peça rs! Li isso no dia que tbém perdi um amigo. Bjos a todos em casa.
ResponderExcluirGostaria de corrigir a autoria! Esse poema é de minha autoria Luiz Alberto dos Santos Monjeló e não de Anibal Beça. Se você conhecesse a grade obra de Anibal Beça veria que não se exprime em versos livres mas com rimas primorosas. Já meus textos são smepre em versos livres. Este poema foi publicado no meu orkut para vários amigos e amigas incluindoo Anibal Beça, talvez por isso se explique o equívoco.Descule mas só agora vi essa incorreção. Do autor Luiz A S Monjeló
ResponderExcluir(acerca do poema “Quanto eu passar a porta escura”, que originalmente figurava nesta postagem e foi objeto do comentário acima)
ResponderExcluirIlustre Monjeló,
Peço desculpas sinceras pelo erro, de minha exclusiva responsabilidade. Conheci o poema através de um grande conhecedor das coisas da cultura amazonense, em quem confiei açodadamente no calor do recebimento da notícia da morte do Poeta. O equívoco de quem me apresentou a obra foi certamente fruto de um lapso de memória, absolutamente perdoável. Publicar algo sem as checagens devidas - embora tão comum hoje em dia - é erro absolutamente imperdoável. Quando vi o vosso comentário, e para não repetir o erro, procurei checar e logrei obter o parecer do filho do Poeta, Aníbal Augusto T. Beça, que reconheceu pertinente a contestação. Assim sendo, e tendo em vista a ausência de motivos para não aceitar a vossa indicação de autoria, reitero o pedido de desculpas. Republico o poema em 21 de junho de 2012, com a devida correção e uma nota explicativa. Acerca dos vossos juízos sobre meu conhecimento sobre a obra de Aníbal Beça ou o que quer que seja, guarde-os convosco, posto que não me conheceis.
Saudações,
Respeitosamente.